enviado por Ana Paula, 11 de Novembro de 2009
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Ana Paula emocionada abraçando a irmã caçula Aline Oliveira
Ontem, 04 de novembro, um dia que jamais esquecerei. Na apresentação do meu trabalho de conclusão de curso, imaginei um auditório cheio com amigos e familiares. Meu pai e minha mãe na primeira fila, acompanhados pelos meus irmãos. Finalmente estaria realizando o sonho de me formar no ensino superior, depois de seis anos estudando, devido à dificuldade de conciliar carreira profissional e formação. A perseverança foi à palavra de ordem que me levou até final desta caminhada. Percurso que no momento final pareceu um desfiladeiro, porque depois de meses desenvolvendo o projeto, na semana que antecede a tal sonhada apresentação, sou surpreendida com os problemas de saúde do papai. Otimista penso que é algo simples e que tudo não passou de um susto, corremos com ele para fazer exames, nada de anormal nos exames é medicado, melhora. Mas infelizmente sua recuperação não perdura muito, apenas alguns dias. Na madrugada do dia 03 de novembro meu pai sofre seu segundo aneurisma cerebral, mas agora hemorrágico. As 18hs a informação que está no centro cirúrgico, às 22hs minha mãe chorando me diz que suas chances são mínimas, após visitá-lo no hospital. Na faculdade tentando me concentrar para apresentação do trabalho no dia seguinte. Meus amigos de grupo me questionam se estarei presente. Respiro fundo e respondo, estarei sim. Surpresos, ficam aliviados. O grupo estará completo.
Chega quarta-feira, 04 de novembro, me levanto depois de uma noite orando a Deus pelo meu pai. Decido visitá-lo e depois me concentrar para apresentação, tinha me comprometido com o grupo. Ver meu pai em coma foi doloroso, a imagem me seguiu por todo o dia. Mas me arrumei e às 19hs estava na faculdade para colaborar com equipe e concluir o ciclo da universidade. O doloroso foi que o dia que imaginei não aconteceu, meus pais não estavam na escola para ver meu desempenho, apenas minha irmã, pois meu irmão estava acompanhando minha mãe na visita noturna ao meu pai. Pouco vibrei com a conquista da nota nove pelo desenvolvimento da revista digital www.livresportes.com.br. Chorei muito ao abraçar minha irmã, pois foi a única da família a me assistir. Mas agradeço a todos os amigos presentes que deram força e a equipe formada por Leda Dias, Francisco Medina e pelas professoras e orientadoras Fabiana Bruno e Marta Fontenele por terem me ajuda a concluir o curso de Jornalismo. Obrigada, muito obrigada.
Postado em: Estudo, Jornalismo, Projeto.
Tags: família.
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enviado por Ana Paula, 05 de Novembro de 2009
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Neste domingo obtive a felicidade de retornar aos gramados de Hortolândia, para atuar em um jogo do futebol amador infantil. Meu pai sofreu um aneurisma cerebral há 5 anos, depois disso nunca mais tinha retornado ao campo de jogo para apitar, isso até este domingo.
Ao ser escalado para atuar em jogo da molecada pelo amador. Eu fui sua árbitra assistente, como foi bom ver meu pai de volta.
A vida nos prega peças, algumas curiosas outras difíceis. Meu pai não foi nenhum exemplo de bom moço, mas tinha uma coisa que amava fazer e que realmente era bom. Em “apitar” foi um excelente árbitro, tanto que eu para desafiá-lo quis me tornar árbitra de futebol, sem ao menos jogar, apenas para provocá-lo.
Este ato rebelde me tornou a árbitra assistente mais famosa do país. E foi muito bom retornar as raízes e como nos velhos tempos comandar uma partida ao lado do meu pai. No jogo atuando com ele me fez relembrar do inicio da carreira em que ao atuar ao seu lado me protegia e hoje me vi o protegendo.
A vida é realmente engraçada e nos prega peças sempre. Mas adorei participar desta peça e rever a felicidade do sr. Joel de Oliveira em dirigir um jogo.
Postado em: Estudo.
Tags: Amizade, Amor, Cumplicidade, fãs.
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