enviado por Ana Paula Oliveira, 17 de Março de 2011
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No último domingo (13) no campo de futebol do Clube Atlético Juventus, na Mooca, Ana Paula Oliveira comandou a partida entre o megaportal
R7 da Rede Record x equipe profissional feminina do Juventus, de São Paulo.
O duelo entre homens x mulheres mostrou que hoje lugar de mulher é no campo.
Confira a reportagem!
Convidados especiais ajudam profissionais do R7 e diminuem vexame no clássico
Gilmar Fubá e Ana Paula Oliveira participaram do duelo maluco entre meninos e meninas
Juliana Damasceno e Fernando Cesarotti, do R7

Edson Lopes Jr./R7Edson Lopes Jr./R7
Ana Paula mostrou bom humor, mas não poupou nossos "craques"
Foi de uma discussão sobre a força entre homens e mulheres no futebol que surgiu a ideia de um desafio real dentro das quatro linhas. Naqueles dias, Marta havia sido eleita, pela quinta vez, a melhor do mundo pela Fifa, e estudos de uma universidade norte-americana sobre sua força e rapidez de pensamento para definir as melhores jogadas tinham acabado de ser divulgados.
Por alguns instantes, os boleiros jornalistas que se candidataram a participar deste teste quase antropológico proposto pela editoria de Esportes até acreditaram que, com sua força, poderiam vencer com certa facilidade, por imaginar que encontrariam em campo garotas frágeis, com medo de arriscar ou dividir uma bola - o que naturalmente, não ocorreu. Duas delas tomaram cartões amarelos por cometer faltas perigosas em nossos meninos.
Mas a pauta foi tomando corpo, mais gente se prontificou a participar e percebemos que precisávamos de reforços para “abrilhantar” o clássico, que prometia fortes emoções.
Para isso, e com a ajuda de outros colegas do Esporte da emissora, pensamos em chamar o volante Vampeta, ex-Corinthians e ex-seleção brasileira, para ao menos organizar os rapazes em campo. Mas era seu aniversário no dia da partida - e justamente naquele dia, ele assinou contrato com o Grêmio Osasco, para jogar na Série A3 do Paulista. Um presente que não poderia concorrer diretamente com o nosso humilde combate.
Foi então que veio a ideia brilhante: quem mais poderia ser tão gentil e amigo para participar como estrela quanto Gilmar Fubá? O volante ainda em atividade tem 35 anos e nasceu na zona leste. Conhecia bem o ambiente do Juventus, aquela torcida pequena, mas empolgada nas arquibancadas laterais. E prontamente aceitou nosso convite, aproveitando uma folga do time do Santa Helena, de Goiás – time da quarta divisão do Campeonato Brasileiro e conhecido como “o fantasminha do Sudoeste”. Fubá é tido como um dos jogadores históricos que passou por lá.
Ele gritou, vibrou, orientou na lateral de campo como um verdadeiro profissional. Apresentou suas “armas secretas” para virar o jogo e se empenhou ao máximo para ajudar os rapazes jornalistas. Mas não deu.
- São boleiros de ocasião. Ficam com medo de “chegar junto” nas meninas. Não dá pra competir. Embora elas estejam bem mesmo para dominar um fogão, uma pia...
Quem não concordou com a piada foi a árbitra Ana Paula Oliveira, que aceitou apitar o jogo mesmo sem ter um bandeirinha voluntário para o jogo histórico. Simpática, atenciosa, tirou fotos com todos, vestiu-se de rosa para se diferenciar dos demais e foi rígida ao apitar faltas e distribuir cartões.
- Estava sentindo falta desse clima, de tomar chuva em campo.
Depois de um processo de afastamento forçado e doloroso dos gramados, Ana se aprimorou em outros campos, sem deixar sua paixão de lado: reforçou o time de comentaristas esportivos da Record e terminou a faculdade de jornalismo. Diz, cheia de orgulho, que está prestes a começar a pós-graduação, mas admite que pretende voltar em breve a fazer aquilo do que mais gosta.
- Em junho, tenho novos testes a fazer na Federação Paulista de Futebol e estou me preparando física e mentalmente para isso. Agora estou mais madura e experiente para enfrentar o que vier pela frente.
Ela admite que terá que reconquistar a posição perdida em 2007, depois de sair nua na capa de uma revista masculina e cometer um erro de arbitragem, num jogo da Copa do Brasil, que a “rebaixou” para jogos da quarta divisão do Paulista. Mas com um reality show no currículo (a primeira edição de A Fazenda) e muitas lições depois, não parece farta nem desanimada com a possibilidade do recomeço.
- Acho que comecei tudo muito jovem, e isso me prejudicou muito, por não ter malícia e acreditar demais nas pessoas que me cercavam e não eram amigas. Hoje, sei bem onde pisar e estou levando a sério essa possibilidade de voltar com tudo. Gosto de comentar, mas são atividades distintas. Estou confiante de que os gramados sejam mesmo o meu destino.
Os jogadores do R7 e o público presente, encantados com sua gentileza, agradecem.
Fonte: www.r7.com
Postado em:
Evento, futebol.
Tags:
Mulheres do Futebol.
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enviado por Ana Paula Oliveira, 09 de Março de 2011
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Para homenagear o dia Internacional da Mulher, 8 de Março, Ana Paula Oliveira cedeu uma entrevista muito legal ao jornalista Chico Santo para o blog do Milton neves. Ana Paula fala sobre seu futuro na arbitragem, o sonho de voltar ao gramado, o desejo do fim do preconceito no futebol, e muito mais! Confira!
Ana Paula de Oliveira sonha com a volta aos gramados em um jogo contra o preconceito
Por Chico Santo / Terceiro Tempo
Dizem que mulher e futebol não combinam.
Besteira.
Assim como machismo e preconceito também.
Verdade.
Ana Paula de Oliveira é um grande exemplo disso. Sensual, competente, educada e corajosa.
Foi assim que encarou o desafio de vencer dentro de um segmento onde até então não lhe era permitido.
Em 1998, estreou como profissional no quadro de arbitragem da Federação Paulista de Futebol. Três anos depois já era vista pelos gramados do Campeonato Brasileiro de Futebol.
O que era impossível se tornou realidade. Em 2005 trabalhou em jogos da Libertadores da América. O destaque internacional e o título de assistente da FIFA deram-lhe a impressão de que o céu era atingível.
Assim, não apenas sonhou – como muitos garotos – com a Copa do Mundo, como também esteve perto.
Talvez, até, tivesse conseguido. Isso se a própria natureza permitisse diante de uma idéia que muita gente ainda não concebe.
Mais do que uma profissional dedicada, Ana Paula era mulher. Bonita, feminina, atraente e desejada.
E por quê não posar em uma revista masculina?
Talvez porque os mesmos homens que muito provavelmente folhearam suas páginas se recusaram a admitir que toda mulher tem o direito de ser mulher.
Clique abaixo e ouça a entrevista exclusiva de Ana Paula Oliveira concedida ao Portal Terceiro Tempo em homenagem ao Dia Internacional da Mulher:
Preconceito, ensaio e desligamento do quadro FIFA
O momento mais difícil no futebol
A volta aos gramados
A relação com o torcedor e o público
A sexysimbol
“Que me perdoem as feias mas beleza é fundamental”
O beijo aos internautas e o jargão “levantar a bandeira e assoprar o apito”
E pra você meu amigo, você acha que a Ana Paula deveria voltar aos gramados? Talento pra isso ela tem de sobra!
Fonte: http://blog.miltonneves.ig.com.br/
Postado em:
futebol, Homenagem.
Tags:
preconceito.
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enviado por Ana Paula Oliveira, 01 de Março de 2011
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Trailer do documentário "Elas Invadiram a área" com as mulheres que entendem tudo de futebol. Confira!
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Homenagem.
Tags:
preconceito.
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