Futebol, religião e mulheres
enviado por Ana Paula Oliveira, 08 de Março de 2012
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Hoje, dia Internacional da mulher, podemos comemorar uma boa notícia para o futebol feminino. No último final de semana, a Federação Internacional de Futebol (FIFA), aprovou por unanimidade a adopção de véus por mulheres por uma questão religiosa.
É mais um passo para definir a liberdade e o futuro de muitas jogadoras islâmicas. Apesar da decisão final ser apenas em uma nova reunião da entidade, marcada para o dia 2 de julho de 2012, a notícia certamente foi uma conquista.
O responsável pelo acontecimento foi o secretário da Nações Unidas, Wilfried Lemke. Wilfried enviou uma carta ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, com o pedido de autorização para o uso do hijab(veú) para jogadoras que desejam vesti-lo. Estou certa que o movimento e a aprovação concreta veio para quebrar uma barreira entre futebol x mulher.
Vale relembrar que em 2011, as jogadoras da equipe de futebol feminino do Irã não jogaram contra a Jordânia nas eliminatórias para as Olimpíadas de 2012, porque se recusaram a retirar os véus antes do chute inicial. Foi o fim de muitos sonhos.
Em uma declaração, Lenke deixou claro seu objetivo "seja resolvido de uma maneira que respeite tanto as regras do jogo, como as considerações culturais, e que por sua vez promova o futebol entre todas as mulheres, sem discriminação".
Já se foi a época que futebol era esporte só para homem. Temos exemplos de grandes nomes no futebol feminino que comprovam essa realidade, por exemplo a jogadora brasileira Marta.
Esportes como rúgby e o taekwondo permitem que as mulheres muçulmanas usem véus. A questão que ainda precisa ser revista no futebol, é a segurança. Quando falamos em religião o caso é mais delicado e precisa ser estudado para não cairmos no preconceito e discriminação.
Foi um ato nobre da FIFA aprovar, em contrapartida, é preciso ficar atentos e analisar como será ultilizado para que não fira o espiríto do jogo. Caso seja comprovado que não há segurança para o uso do véu, uma coisa é certa, outras soluções deverão ser pensadas. Todos têm o direito de praticar esporte e alternativas deverão existir.
Parabéns guerreiras!
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